Percurso

Maria Teresa, foto Filipe Ferraz

Maria Teresa, foto Filipe Ferraz

Desde a sua infância, com a ajuda de uma professora« que jamais ela esquecerá », Maria Teresa percebe que gosta imensamente de cantar. Em francês ou em português, já que é bilingue, no fundo pouco importa, ela canta e adora isso! «A canção é muito importante na vida das pessoas ».

Quando, ao fim dos seus estudos em Línguas Estrangeiras Aplicadas, a questão do que ela viria a se tornar vem à tona, ela mesma se da a resposta: « parar de cantar seria como parar de respirar ». Dai, pega o telefone e começa, corajosamente, a chamar os cafés-concerts. Na segunda chamada, o « Brasilia » abriu-lhe as portas e isso lhe permitiu entrar em contato com o universo dos músicos; dos cabarés: uma nova formação começava, uma nova vida também…

Maria Teresa, foto Paul Evrard

Maria Teresa, foto Paul Evrard

Desde então, tudo está em seu devido lugar para desenrolar o fio da carreira de Maria Teresa. Um primeiro álbum « Porto das palavras » (M10, 1999), com as composições de um melômano brasileiro, Carlos Marques e arranjado por Toninho Do Carmo, é gravado com os músicos recentemente encontrados, o projeto é apoiado par Moustaki. Em seguida, graças a Guillaume Dubois (Engenheiro de som) e Valérie Mauge (Harmonia Mundi), todos os dois managers de Titi Robin nos anos 2000, Maria Teresa vai poder realizar o seu segundo álbum « O Mar » (Le Chant du Monde [O Canto do Mundo], 2003) e trabalhar com a produtora Blue Line. Uma equipe profissional se forma durante vários anos, com o lançamento de dois outros CDs: « Lusofonia » (Le Chant du Monde, 2005) e « Era uma vez um jardim » (Le Chant du Monde, 2009). As turnês se sucedem tanto na França como em outros territórios: Portugal, Suíça, Espanha, Canadá, Brasil… Numerosos festivais: Le Bout du Monde [A Extremidade do Mundo], Fiesta Latina, Festival Migractions [Festival Migraações]… É, às vezes, com Georges Moustaki que saem pela estrada ou dividem os palcos prestigiosos como o Olympia (em 2000 e 2003).

Entre 2010 e 2014, Maria Teresa desenvolve cada vez mais a sua carreira de atriz no Théâtre de l’Opprimé [Teatro do Oprimido], mas a música está sempre presente, sendo que ela interpreta igualmente vários papéis em musicais (como Beco das Garrafas, Dans l’ombre… [Na sombra…]), criações de Rui Frati e Isabel Ribeiro. Esta última da a possibilidade a Maria Teresa de lançar o seu quinto álbum « Woman » [Mulher] (Défis [Desafios], 2014) sob o seu próprio selo recentemente criado.

Maria Teresa sempre expressou as emoções com elegância, as de suas raízes de Portugal, as do Brasil, as da lusofonia em geral, as do país onde ela nasceu e cresceu à traves dos textos que nos ofereceram os autores da canção francesa. Interprete de todas as canções de expressão popular, Maria Teresa é dotada de um timbre de voz caloroso e claro, de uma doçura serena matizada de graves, que penetra no mais profundo das almas. Moustaki sabia disso, ele havia percebido a que ponto a pureza do seu canto reflete a pureza do seu coração.

Promessa cumprida a « Jo », Maria Teresa e Toninho Do Carmo (que acompanhou Moustaki de 1996 até 2009) continuam de canta-lo! Eles acabaram de gravar 21 composições de Georges Moustaki, juntamente com três outros músicos fiéis a ele.

O álbum naturalmente recebeu o título « Pour un ami » [Para um amigo] e sera lançado em outubro de 2016 (CSB Productions/L’Autre Distribution) [CSB Produções/A Outra Distribuição].